Celular (in)dispensável


Vivo hoje uma história de amor e ódio com meu aparelho celular. Percebi que ele é (in)dispensavel na minha vida. Não vivo sem ele, mas as vezes tenho vontade de atirá-lo na parede.
Certa manha resolvi apagar alguns dados da memória, acabei percebendo o quanto esse aparelho é superfluo, quase entrei em crise por perceber que ninguem me liga... ahahahahahah
Essa história de amor e ódio começou no fim de 2007, quando troquei de aparelho, pois o antigo tinha poucos recursos. Agora tenho um que faz um monte de coisas, mas ainda não sei usar direito, mesmo depois de tanto tempo...
No começo a função do celular ela falar com outro aparelho, hoje só falta um aparelho que faça café.

Eu odeio meu celular! Praticamente não o uso para fazer ligações, uso quase que exclusivamente pra ouvir musicas e tirar fotos. Ninguém me liga, e eu não ligo pra ninguém... Geralmente quando me ligam é pra dar uma má noticia, o que é lastimável. Tenho quase 200 contatos na agenda e ninguém me liga pra desejar um bom dia, ou dizer algo que seja realmente bom... Deprimente. A ultima ligação que recebi foi no carnaval, e era engano...rsrsrs... Parecia ser um homem meio bebâdo que euforicamente gritava: Regina, Ragina vem pra cá tô te esperando... Desliguei sem dizer nada, pra não quebrar a euforia do outro lado da linha.
Encontros e desencontros, amor e ódio, negócios e baladas, broncas e elogios... ele é cumplice de tudo isso, de nossos exageros de nosso desespero, da nossa vontade de se comunicar. Na minha vida ele é cumplice de mais desencontros que encontros, de mais broncas que elogios, que desastre.... lamentável.

Eu amo meu celular! Pra onde vou levo ele, mas não proque tenho a esperança de que alguém ligue, ou envie algo interessante, mas sim porque não aguento viver sem música, passo quase o dia todo ouvindo musica, por isso amo esse aparelho, são quase 400 faixas de puro rock'n'roll que quebra meu silêncio e me faz esquecer de tudo, fico horas viajando no som enquanto vivo e me esqueço da prórpia vida.
Outra coisa que faço é escrever algumas frases no bloco de notas, são gotas da minha filosofia barata, dos meus devaneios diários, das minhas percepções. Qualquer dia desses vou postar algumas de minhas pérolas aqui.

Hoje o apelho celular virou uma mania nacional, qualquer um tem. Um dia vi até um mendigo que sorridente falava com alguém. Essa é mais uma das contradições de nossa sociedade, o cara não tem casa, nem emprego, mas tem um celular.
O uso do celular é algo tão importante pra algumas pessoas que a falta dele causa até distúrbios psicológicos como a Nomofobia que é uma fobia ou sensação de angustia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar ou se vê incontactável estando em algum lugar sem seu aparelho de celular ou qualquer outro telemóvel. Mais uma loucura da nossa cultura cibernética.
Ainda bem que não sofro disso, pra mim o celular funciona mais como MP3 e câmera, as vezes esqueço que posso fazer ligações, mas ligar pra quem, e pra quê? Não ouso quebrar esse silêncio em que vivo, prefiro das as costas pro mundo e ouvir meu rock...





2 comentários:

  Leandro Capilluppi

15 de março de 2009 às 14:27

Quase ninguém me liga também, mas bem que você poderia ter falado sobre as mensagens de texto que, mesmo raras atualmente, ão mandavam só noticias ruins..pelo menos as enviadas pela minha pessoa... me senti um zero a esquerda lendo esse texto, mas tudo bem.

Também achei estranho o fato das músicas te fazerem esquecer de tudo. Como assim!?!?!
As músicas me fazem pensar mais ainda em tudo! Em como tudo pode ser diferente, melhor!!

Bj

Te amo, querida!!

  Sheila Souza

15 de março de 2009 às 21:21

Desculpe-me Leandro por ter esquecido de comentar sobre as mensagens, as que vc enviava faziam parte do lado positivo, sempre...
Quanto a me esquecer de tudo, isso é uma verdade, pois não dá pra pensar muito ouvindo heavy, trash, e death metal, só dá mesmo pra curtir o som, e no momento isso me basta. Não leve esse post a sério, é só mais um post idiota pra passar o tempo...rsrsr